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sexta-feira, 1 de julho de 2016

A Dieta de João Batista.
O Evangelho de Mateus (3.1-4) fala um pouco sobre João Batista, que recebeu de Deus a nobre incumbência de batizar homens e mulheres nas águas do rio Jordão para purificação dos pecados. A história desse último profeta do Antigo Testamento e primeiro apóstolo do Novo Testamento é, para mim, uma das mais singelas, especiais e interessantes da Bíblia. Explico por quê.
A história de João Batista não tem o mesmo peso biográfico ou volume de informações que a dos outros personagens bíblicos. No entanto, percebemos que os relatos sobre esse arauto de Deus na terra são altamente impactantes. Apresento algumas razões para afirmar isso:
João era uma voz no deserto que clamava ao povo, para que este se arrependesse dos seus pecados e fosse batizado.
Havia sobre ele uma unção específica de confronto. João parecia um trator que endireitava as veredas tortas e preparava o caminho para Jesus cumprir Sua obra de salvação.
Seu ministério impactava tantas pessoas que muitos saíam de cidades vizinhas e dirigiam-se ao local onde ele estava para ouvir suas palavras cheias de autoridade espiritual.
Cada palavra que saía da sua boca era capaz de quebrantar os corações endurecidos de Israel.
Por repreender publicamente o pecado de adultério do rei Herodes, João foi preso e decapitado.
Jesus disse aos Seus discípulos: entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João Batista (Lc 7.28).
Após enumerar alguns pontos sobre João batista que chamam à atenção, destaco um em especial: a sua dieta. A Bíblia claramente nos revela que ele comia gafanhotos e mel silvestre. E aqui está uma linda revelação de Deus para nós: a vida é cheia de contradições. Gafanhotos remetem a coisas ruins, tristes e amargas, enquanto o mel, a coisas doces, alegres, felizes e boas.
Quando vemos nas Escrituras que João comia gafanhotos e mel, podemos extrair das entrelinhas que nossa existência será de altos e baixos, alegrias e tristezas, fé e dúvidas, conquistas e derrotas, acertos e erros, amor e ódio, paz e guerra, vida e morte.
Enquanto vivermos neste mundo, nossa vida será uma absorção, uma ingestão diária de coisas boas e ruins. Todos os servos de Deus experimentaram essas contradições, e nem o próprio Cristo ficou isento dessa realidade. Em um momento, Jesus estava nas águas do Jordão; em outro, no deserto. Uma hora, Ele ouvia a voz do Pai; outra, era confrontado pelo diabo. Em certas ocasiões, o Mestre era elogiado; em outras, era tentado.
Diante disso, quero refletir com você sobre duas verdades. Primeiro, quando alguém lhe oferecer “pratos de gafanhotos”, aprenda a retribuir com “pratos de mel”, ou seja, pague o mal com o bem. Tenha certeza de que surgirão pessoas para servir inveja, ódio, calúnia, difamação, perseguição, fofoca. Porém, se queremos ser parecidos com Cristo na terra e chegar ao céu, devemos oferecer “pratos de mel”, responder com o amor de Jesus.
Já a segunda verdade tem a ver com o fato de João começar comendo gafanhotos e terminar saboreando o mel. Será exatamente assim em nossa vida. Se temos Jesus como nosso Senhor e Salvador, assim como João o teve, podemos experimentar muitas coisas amargas neste mundo, porém, no final, seremos alcançados pela doçura da graça divina.
Bispo Anderson Camargo.

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