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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

As valas serão cheias.
“... E disse: Assim diz o Senhor: Fazei neste vale muitas covas, porque assim diz o Senhor: Não vereis vento, nem vereis chuva, contudo esse vale se encherá de água, e bebereis vós, o vosso gado e os vossos animais.” II REIS 3:16,17
Os reis de Israel, Judá e Edom haviam iniciado há sete dias uma jornada pelo deserto de Edom, juntamente com seus exércitos, em captura ao rei e ao exército dos moabitas; o qual havia se rebelado contra o domínio de Josafá, rei de Israel, para quem pagavam tributos. A seca era muito grande, ocasionada pela falta de chuvas, e ao sétimo dia de caminhada os homens dos três exércitos estavam a ponto de morrer de sede. Nesse momento os reis recorrem ao profeta Eliseu, buscando um milagre do Senhor. Surge então a palavra profética que declarava que haveria água, mesmo sem Ter chuva ou vento, pois o método de Deus ultrapassa a lógica humana.
Isso representa para nós, povo de Deus, que não estamos sujeitos ao caminho lógico, mas ao Senhor que faz o seu caminho na tormenta, e age pelos seus meios irracionais e pouco científicos; afinal, não haveria vento e nem chuva, contudo haveria água no deserto.
Os reis buscaram ao profeta Eliseu em reconhecimento ao ministério profético dado pelo Senhor. Esse é o primeiro passo para conquistas em meio aos impossíveis. Eliseu era desafeto do Rei de Israel, Jorão, filho de Acabe e Jezabel, os quais se confrontaram com o antecessor profético de Eliseu e seu discipulador, o profeta Elias. Mesmo diante da resistência de Eliseu, Jorão teve uma humildade perseverante para obedecer às ordens daquele que encarnava o ministério de Deus naqueles dias (leia vs. 13-16).
Outra coisa importante nesse texto é que os reis estabeleceram uma comunhão entre si para recuperarem o que se havia perdido. Israel não recebia mais os tributos dos moabitas e buscou uma aliança com Judá, quando outrora essas duas nações de mesma origem estavam em litígio ( vs. 07). Ali houve um acordo para estabelecer a comunhão, pois somente através da comunhão entre os membros do corpo é possível reconquistar as coisas perdidas e obter vitórias espirituais sobre os inimigos do povo de Deus. O Senhor Jesus disse em João 17:22 que entregou-nos a Glória de Deus (Glória significa a presença plena de Deus, ou seja, a manifestação dos atributos divinos) para que tivéssemos unidade. Notamos no texto em epígrafe que os inimigos esperavam a contenda no meio do povo de Deus para com isso prevalecerem contra ele (II Reis 3:23). Contudo a comunhão preservou os exércitos de Israel e Judá, e ainda, protegeu o exército de Edom, que com eles estava naquela peleja (3:26). Temos, ainda, o exemplo da igreja primitiva que através da comunhão entre os seus membros experimentavam grande poder espiritual (atos 4:32) e tinham as suas necessidades materiais supridas (Atos 4:34).
Voltando ao problema (falta de água) dos três reis e seus exércitos, encontramos o profeta dando a ordem para cavarem covas, ou seja, fazerem recipientes para armazenar água no deserto, pois Deus enviaria água.
As covas para serem cheias precisam antes ser cavadas, e para isso são necessárias as ferramentas adequadas. Daí se a nossa vida sofre necessidade financeira (a maior inquietação dos homens) precisamos usar a ferramenta dos dízimos e das ofertas, conforme ensina Malaquias 3:10, para cavar “covas financeiras” a fim de armazenar o suprimento que virá do Senhor. Por outro lado a nossa necessidade pode ser sentimental, e nos sentimos mal amados e não aceitos por pessoas ao nosso redor e do nosso convívio. Surge, então, a maior necessidade humana: Sentir-se amado. Está Na hora de usarmos a pá do amor, respeito e consideração para cavarmos as nossas covas sentimentais, onde Deus colocará pessoas para suprir nossa necessidade sentimental (Mateus 7:12). Pode ser que a nossa cova seja a falta de realizações, ausência de sucesso em nossos empreendimentos, então vamos usar a pá da intimidade com Deus através da vida devocional (oração, jejum, meditação Na Palavra) e gerar recipientes para guardar a “água” das realizações e prosperidade que virão do Senhor.
O fato é que Deus não mandaria água sem que antes eles cavassem covas e com isso gerassem recipientes para armazenar a benção de Deus. No ato de crer Na Promessa (“bebereis”) e em obedecer à ordem (“fazei covas”), eles se qualificaram para receber o milagre de Deus.
Fé e Obediência nos qualificam para usarmos com destreza as ferramentas próprias para cavarmos as nossas próprias covas.
Bispo Anderson Camargo.

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